MINICURSOS

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(1) ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO: BASES TEÓRICAS E ANALÍTICAS

Adail Sobral (FURG)
Karina Giacomelli (UFPel)


Este minicurso teórico-prático acerca das principais bases da Análise Dialógica do Discurso (ADD) do Círculo de Bakhtin tem como objetivo mostrar, partindo dos parâmetros da ADD, diferentes maneiras de realizar análises de diversos objetos, considerando sua especificidade. Assim sendo, tem caráter essencialmente prático, partindo dos objetos de análise, cujo exame preliminar vai mobilizar os conceitos. Serão examinados os fundamentos da teoria dialógica e serão exploradas com exemplos práticos de análise suas propostas metodológicas em sua relação com a pesquisa atual em Linguística Aplicada. Nesse sentido, detalharemos os pontos fundamentais da Análise Dialógica do Discurso, discorreremos sobre a relação entre língua, linguagem e relações dialógicas, abordaremos a questão dos gêneros do discurso, com ênfase no endereçamento, no projeto enunciativo e na arquitetônica. A par disso, trataremos de questões de estética, ética, cultura e identidade. Vamos igualmente discutir algumas implicações teóricas e práticas das relações entre texto, discurso e gênero da perspectiva da ADD.

 


(2) POR QUE MONSTROS SÃO RELEVANTES? UM PASSEIO PELOS MONSTROS LITERÁRIOS E DE OUTRAS MÍDIAS.

Adriane Ferreira Veras (UEVA)


Este minicurso de um turno propõe uma análise dos monstros presentes na literatura, cinema e outras mídias (como videogames). O objetivo é propor uma discussão do porquê monstros são atraentes ao leitor/espectador e qual sua função simbólica e cultural através dos anos e em diferentes formas de expressão artística. Nosso passeio nos levará três mil anos atrás com o Épico de Gilgamesh, passando pela Criatura de Mary Shelley, monstros de Lovecraft, o vampiro de Stoker, vampiros adolescentes purpurinados e zumbis vorazes. A proposta é de entender como os diferentes monstros funcionam e representam o zeitgeist da época em que aparecem e a atração pelo abjeto. Através de conceitos como o de Carnavalização (Barthes) e da ideia do Mal representado na sociedade (Žižek 2008), o minicurso busca sugerir respostas para a pergunta inicial. Estes monstros exploram temas que transgredem e ameaçam nosso senso de asseio e decoro, particularmente no tocante ao corpo, às nossas identidades, e a nossa mortalidade.

 

 

(3) PRÁTICAS DE PRONÚNCIA EM TAREFAS INTEGRADAS NO ENSINO DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA/ADICIONAL

Luciana Pilatti Telles (FURG)
Luciene Bassols Brisolara (FURG)


O ensino de pronúncia em línguas adicionais, muitas vezes, parece secundarizado, ou mesmo restrito a momentos de compreensão de áudio. Em estudos prévios, Telles & Brisolara (2017), relativamente a oportunidades de desenvolvimento de consciência fonológica em livros didáticos de italiano e de espanhol, verificaram que, dos materiais analisados, poucos traziam sistemáticas oportunidades de abordagem à pronúncia e de reflexão sobre os sistemas sonoros dessas línguas. Em estudo de uma coleção de livros didáticos de português língua estrangeira destinado a falantes hispânicos adultos, Telles & Brisolara (2018) e Ferreira & Telles (no prelo), observaram que, embora haja sistematicamente oferta de exercícios de pronúncia, muitas vezes, não estão contextualizados, como se houvesse a necessidade de suspender o tópico da aula e os seus objetivos de interação para exercícios de discriminação auditiva e de treino. Neste minicurso, propomos reflexões a partir de propostas de atividades de pronúncia em tarefas integradas (isto é, nas quais compreensão e produção são contempladas de modo integrado) destinadas a estudantes estrangeiros em nível A1 de português língua adicional/estrangeira.

 

 

(4) INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DO GÓTICO

Claudio Vescia Zanini (UFRGS)

“Gótico” é um conceito dotado de notável capacidade de adaptação aos mais diversos usos. A história do termo é complexa, e dificulta a conciliação de significados mais restritos com seus usos mais amplos. Ao longo de séculos, tem sido empregado na geografia, na arquitetura e na pintura, e, nos estudos literários, o termo contempla as mais díspares ideias, tendências, autores e obras, e, nas últimas décadas, especialmente, a palavra passou a funcionar como um termo “guarda-chuva”, tendo seu sentido diluído e sua força conceitual esvaziada. O minicurso aqui proposto visa oferecer um panorama das origens do termo “gótico” desde sua raiz histórica até seu emprego nos estudos literários, incluindo um mapeamento dos clássicos, de tropos e motivos recorrentes na ficção gótica na literatura e no cinema, além de categorias do gótico tais como o vitoriano, sulista americano e o gótico tropical, que em sua multiplicidade evidenciam movimentos de hibridismo cultural nos quais a hegemonia do centro passa a conviver com a pluralidade das margens.

 

 

(5) A PEDAGOGIA DE GÊNEROS NO ATELIÊ DE TEXTOS

Cristiane Fuzer (UFSM)
Carla Carine Gerhardt (UFSM)
Anidene de Siqueira Cecchin (UFSM)

Este minicurso tem por objetivo apresentar princípios e estratégias da Pedagogia de Gêneros de Texto, como foco no Ciclo de Ensino e Aprendizagem proposto pelo programa Reading to Learn (ROSE; MARTIN, 2012) e mostrar aplicações em contexto
escolar. Inicialmente, focalizamos a concepção de gênero de texto da Escola de Sdyney, com base na Linguística Sistêmico-Funcional e um panorama das famílias de gêneros escolares. Na sequência, apresentamos o propósito sociocomunicativo, a estrutura esquemática e as principais marcas linguísticas características da narrativa como um gênero de texto da família das estórias e do relato biográfico como gênero de texto da família das histórias (MARTIN; ROSE, 2008; CHRISTIE; DEREWIANKA, 2008; EMILIA; CHRISTIE, 2013). Paralelamente, apresentamos exemplos de atividades para cada momento do Ciclo de Ensino Aprendizagem (desconstrução dos textos, construção conjunta e construção individual) desenvolvidas e aplicadas em oficinas de leitura e escrita no âmbito do projeto de ensino e extensão Ateliê de Textos no contexto dos anos finais do ensino fundamental em escolas públicas de Santa Maria, RS.

 

 

(6) A TRADUÇÃO LITERÁRIA EM LÍNGUA ESPANHOLA

Joselma Maria Noal (FURG)

A atividade visa propiciar uma reflexão sobre o exercício tradutório literário, apresentar o PETRA (Grupo de Pesquisa em Tradução da FURG) e o projeto de pesquisa: Juana Manuela Gorriti: análise e tradução, bem como desenvolver o interesse pela atividade de tradução literária em língua espanhola. A metodologia utilizada será de breve apresentação teórica, relato de experiência sobre a tradução e a publicação do livro de contos de Juana Manuela Gorriti, em 2017, realizada por docentes e discentes do curso de Licenciatura em Letras Português-Espanhol da FURG, integrantes do projeto de pesquisa supracitado. Será realizada uma prática de tradução de texto literário de curta extensão, em língua espanhola e, ao final, haverá a apresentação e a discussão sobre as traduções feitas com base no pressuposto teórico apresentado ao início do minicurso, considerando aspectos sintáticos, semânticos, culturais e estilísticos. O público alvo do minicurso: docentes e discentes de Língua Espanhola. A duração do minicurso deverá ser de três horas.

 

 

(7) HISTÓRIA SOCIOLINGUÍSTICA DO BRASIL

Dante Lucchesi (UFF/CNPq)

A história sociolinguística do Brasil será abordada desde a perspectiva do contato entre línguas, já que, nos primeiros séculos de formação da sociedade brasileira, dois terços da população eram formados por falantes de línguas indígenas, africanas e seus descendentes, em contextos sociolinguísticos muito semelhantes aos contextos em que emergiram as línguas crioulas do Caribe. Embora não tenha ocorrido um processo amplo e perene de pidginização e crioulização do português no Brasil, a aquisição precária do português por milhões de índios aculturados e africanos escravizados, seguida pela sua nativização entre os descendentes desses segmentos, produziu certamente mudanças significativas que caracterizam as variedades populares do português brasileiro na atualidade em oposição à norma culta urbana, o que configura o cenário atual de polarização sociolinguística do Brasil.

 

 

(8) ANÁLISE DE DISCURSO E VOZ: ELEMENTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS

Luciana Iost Vinhas (UFPEL)

A partir do embasamento teórico da Análise de Discurso de vertente francesa (AD), o minicurso tem o objetivo de apresentar os principais elementos que constituem a semântica discursiva proposta por Michel Pêcheux, sendo discutidos alguns de seus conceitos e a forma como são operacionalizados em breves propostas de análise. Considerando que um dos pressupostos fundamentais da AD concerne à assunção de uma forma material para o discurso, cuja base está nos pressupostos do materialismo histórico que ancoram a teoria, será realizada uma proposta de essa abordagem dar conta da análise da voz como materialidade significante. Entende-se que, no som da linguagem, é possível identificar a materialização do duplo atravessamento a que o sujeito está submetido: o assujeitamento ideológico e o recalque inconsciente. A proposta de minicurso traz reflexões desenvolvidas no âmbito do projeto de pesquisa “A voz de apenadas à luz da Análise de Discurso”, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPel.

 

 

(9) ESCUTA E COMPREENSÃO: PRÁTICAS PARA APERFEIÇOAR AS ATIVIDADES BASEADAS EM SUPORTES ORAIS EM CONTEXTO PEDAGÓGICO

Hyanna Medeiros (doutoranda USP)
Heloisa Brito de Albuquerque Costa (USP)


Compreender não é uma atividade de recepção passiva, mas uma prática ativa e voluntária na qual o ouvinte ou leitor reconhece a significação de frases ou discursos e identifica suas funções a partir de seu conhecimento relacionado às estruturas
linguísticas e às regras socioculturais nas quais a comunicação é produzida (BOYER et al, 1990, PORCHER, 1995). Há, portanto, nesse processo uma implicação do sujeito que é convidado a ativar mecanismos, mobilizar conhecimentos e estratégias que o levem à compreensão. Com relação à compreensão oral, mais especificamente, M.J. Gremmo e H. Holec (1990) salientam a importância de um comportamento de compreensão que deve ser desenvolvido ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Para Cornaire (1998) e Rost (2002), esses estímulos são concretizados por meio de intervenções pedagógicas adequadas ao objetivo do público. Abordaremos, neste minicurso, aspectos teórico-práticos relacionados ao desenvolvimento da compreensão oral, mais especificamente em Francês Língua Estrangeira, enquanto um objeto a ser ensinado para, então, discutir e refletir sobre o tratamento didático-pedagógico que se deve conferir aos suportes orais autênticos visando sua inserção em sala de aula.

 

 

(10) AS DIFERENTES MANEIRAS DE TRABALHAR A MÚSICA EM AULAS DE LÍNGUA ADICIONAL

Normélia Maria Parise (FURG)
Yádini do Canto Winter dos Santos (FURG)


De forma a complementar a aprendizagem de língua adicional, a música se faz presente em muitas salas de aula. Entretanto, diversas vezes, os professores acabam repetindo as mesmas atividades de completar lacunas, sem realmente explorar a música, a letra e o clipe. Este minicurso, voltado para todas as línguas adicionais, apresentará diferentes maneiras de utilização da música em sala de aula desde os níveis mais básicos até os mais avançados, seja trabalhando um lado cultural e relacionado ao sentido das mesmas quanto para desenvolver as competências de compreensão oral e atividades relacionadas à gramática e conjugação de verbos. Além disso, serão apresentados materiais, sites e aplicativos que podem também serem utilizados por professores de línguas. As músicas utilizadas como exemplo durante as atividades serão de língua francesa, visto que essa é área de formação das professoras, porém as atividades podem ser aproveitadas também
para a língua inglesa e espanhola.

 

 

(11) LITERATURA AFRO-BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: UM BREVE PANORAMA

Rodrigo da Rosa Pereira (FURG)

Enquanto temática que se faz emergente no contexto educacional e cultural brasileiro, com ênfase na discussão sobre questões étnico-raciais, de gênero e de classe social na literatura afro-brasileira de autoria feminina, em perspectiva histórico-literária, o presente minicurso propõe-se ao estudo, de caráter introdutório, da produção literária de autoria negra contemporânea no Brasil, a qual se encontra principalmente vinculada à série literária Cadernos Negros. A nossa atenção voltar-se-á para os volumes contos da série, a partir dos quais serão realizadas leituras críticas das narrativas. Torna-se interessante perceber o caráter de resistência dessa literatura em relação à produção canônica, permitindo-nos aproximá-la à ideia de uma “poética quilombola”. Inicialmente, será feito um panorama histórico e crítico da literatura afro-brasileira, dos movimentos precursores à consolidação desse campo enquanto vertente da literatura brasileira, embora se trate de um conceito em construção. Em segundo lugar, será apresentada a série literária Cadernos Negros, de modo a afirmar a sua significação socioliterária, enquanto espaço privilegiado de promoção dessa literatura. Por fim, serão discutidas questões de autoria e representação feminina afro-brasileira. Esperamos, com esta atividade, contribuir para um maior reconhecimento da produção literária afro-brasileira, cuja circulação encontra-se ainda hoje relativamente restrita.

 

 

(12) METODOLOGIAS DE ENSINO: ANÁLISE TEÓRICO-FILOSÓFICA E DISCUSSÃO SOBRE IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Rosângela Pedralli - UFSC

É relativamente consensual que a atividade principal do professor envolve conhecimentos sobre os elementos culturais que precisam ser apropriados pelos indivíduos e sobre a descoberta de formas mais adequadas para alcançar tal apropriação (com base em SAVIANI, 2015 [1984]). A partir desse entendimento, parece-nos central compreender que as metodologias de ensino eleitas pelo professor e/ou pelas redes de ensino expressam concepções pedagógicas e sobre o problema do conhecimento, reverberando em quais desses elementos devem ser priorizados no trabalho educativo. Neste curso, considerando algumas metodologias contemporaneamente avalizadas por documentos oficiais de ensino – sequência(s) didática(s) (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004; ZABALA, 1995), projeto de letramento (KLEIMAN, 2000), atividade orientadora de ensino (MOURA et. al, 2010) e prática social (SAVIANI, 1983) –, analisaremos fundamentos teórico-filosóficos subjacentes a elas e discutiremos as implicações para o ensino de Língua Portuguesa. Para tal, partimos da compreensão de que o componente curricular em causa precisa superar uma dimensão meramente instrumentalizadora dos sujeitos, inscrevendo-se em um projeto formativo humanizador.

 

 

(13) ABORDAGEM PRÁTICA SOBRE ESTUDOS EXPERIMENTAIS EM AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM

Sabrine Martins (PUCRS/IFRS)

Estudos experimentais têm como fim testar hipóteses que dizem respeito à convicção dos pesquisadores. Testam-se grupos controle e se seleciona testes e tarefas e manipulação de variáveis. Tendo como foco as pesquisas experimentais sobre aquisição e processamento da linguagem, objetiva-se verificar determinado desempenho linguístico dos participantes em tarefas pré-estabelecidas (MALLOY-DINIZ et al., 2010). Tal abordagem, comum à psicolinguística e à neurolinguística, se faz um método apropriado para identificar consequências atribuídas a uma determinada variável e para a descrição dos mecanismos que envolvem essas consequências (CHRISTENSEN; JOHNSON; TURNER, 2015). A despeito, porém, de suas vantagens, esse tipo de pesquisa possui limitações, tais como a quantidade de variáveis envolvidas – às vezes de difícil manipulação, as características como idade, sexo, L1/L2, escolaridade, histórico de saúde, que não podem ser conferidas às pessoas de forma aleatória (LAZAR; FENG; HOCHHEISER, 2010b). Outro desafio consiste nas questões de ordem ética, que devem ser consideradas para a realização do estudo (LAZAR; FENG; HOCHHEISER, 2010a). Assim, este minicurso visa refletir sobre a metodologia e o delineamento dos estudos experimentais sobre aquisição e processamento da linguagem em casos típicos e atípicos, apresentando casos e desafios da área. Ainda, pretende-se refletir e discutir critérios para definição dos participantes, instrumentos adequados aos objetivos da pesquisa, bem como informar sobre as etapas de aprovação do projeto de pesquisa junto aos órgãos competentes. A abordagem prática permite que sejam apresentadas algumas aplicações de testes de memória, atenção, estudos de caso, discussões em grupo, formulação de perguntas de pesquisa e estabelecimento da população adequada, aplicação de um teste por parte dos alunos, troca de experiências de testagens. Acredita-se que esta oficina de cunho prático abrirá horizontes acerca da dimensão que as investigações experimentais possuem, mesmo com os desafios inerentes a elas.

 

 

(14) MANGUEIRA E O PAÍS QUE NÃO ESTÁ NO RETRATO: DA CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE DISCURSO À MESCLAGEM CONCEPTUAL

Eliana Tavares (FURG)
Vinícius da Rosa Tavares (PPG Letras/ FURG)

O presente minicurso toma como objeto de análise o desfile da Escola de Samba Mangueira, do Carnaval Carioca de 2019 e, por meio da análise de seu samba enredo, ‘História pra ninar gente grande’, bem como do vídeo de seu desfile completo,
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Nz3aJJVlRXU, propõe-se a analisar a questão semântica da constituição referencial. Para tanto, aborda a relação entre referência e categorização, a partir de duas perspectivas semântico-cognitivas: (i) a noção de constituição do objeto de discurso, como proposto por Mondada e Dubois (2015), e (ii) a noção de mesclagem conceptual, enquanto recurso semântico vinculado à constituição da referência, nos termos de Fauconnier e Turner (2002). Para as autoras, não há referentes dados aprioristicamente no mundo, pelo contrário, a referenciação é vista como um processo por meio do qual vamos constituindo e estabilizando os objetos de discurso (Mondada e Dubois, 2015), dos quais nos valemos para a forja textual. Analogamente, a noção de mesclagem conceptual (Conceptual blending) é desenvolvida no interior da Teoria dos Espaços Mentais (Fauconnier e Turner, 2002), segundo a qual, um espaço mental pode ser compreendido como uma ativação cerebral, organizadora de significação, constituído a partir de domínios cognitivos de natureza semântico-pragmático-discursiva.